28 de novembro de 2012 | 7h00
O jornal espanhol El País
divulgou as previsões da Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE) sobre a economia da Espanha em 2013.
Segundo o jornal, as previsões são sombrias: a recessão se
intensificará, com o PIB recuando 1,45%; o desemprego aumentará para
26,9%; a dívida pública chegará a 92,6% do PIB, frente aos atuais 86,1%.
As medidas de ajuste fiscal, no entanto, começarão a surtir efeito em
2013. O déficit público recuará dos atuais 8,1% do PIB para 6,3% do
PIB; e o Resultado do Balanço de Contas Correntes sairá de um déficit de
2% do PIB em 2012 para um superávit de 0,5% do PIB em 2013.
O jornal afirma que, a união no sistema de supervisão bancária e
saneamento do sistema financeiro, na zona do euro, contribuirá para
aliviar as dificuldades da economia espanhola.
Pelo lado positivo, o relatório da OCDE sobre a Espanha indica que o
país tem melhorado sua competitividade, o que permitiu que a Balança
Comercial apresentasse os primeiros resultados positivos desde 1998.
As projeções indicam que o governo espanhol deve continuar sua
política de recapitalização dos bancos viáveis e fechamento dos bancos
não viáveis. Isto ajudará no retorno do crédito sadio.
Para a OCDE, a persistência do plano de recuperação imposto pelo
governo de Madri é o único caminho possível para a recuperação da
economia espanhola nos próximos anos. Isto contradiz as afirmações da
presidente brasileira Dilma Rousseff, que em recente visita à Espanha,
defendeu uma mudança da política econômica na zona do euro, com maior
afrouxamento das medidas de ajuste.
Comentário de Alcides Leite colaborador do Radar Econômico
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