A história do bom velhinho
Papai
Noel é uma figura lendária que, em muitas culturas ocidentais, traz
presentes aos lares de crianças bem-comportadas na noite da Véspera de
Natal, o dia 24 de dezembro, ou no Dia de São Nicolau (6 de dezembro).
A lenda pode ter se baseado em parte em contos hagiográficos sobre a figura histórica de São Nicolau. Uma história quase idêntica é atribuída no folclore grego e bizantino a Basílio de Cesareia. O Dia de São Basílio, 1 ou 1.º de janeiro, é considerado a época de troca de presentes na Grécia.
São Nicolau de Mira
(também conhecido como são Nicolau de Bari) é o santo padroeiro da
Rússia, da Grécia e da Noruega. É o patrono dos guardas noturnos na
Armênia e dos coroinhas na cidade de Bari, na Itália, onde estariam
sepultados seus restos.
Enquanto
São Nicolau era originalmente retratado com trajes de bispo, atualmente
Papai Noel é geralmente retratado como um homem rechonchudo, alegre e
de barba branca trajando um casaco vermelho com gola e punho de manga
brancos, calças vermelhas de bainha branca, e cinto e botas de couro
preto.
Uma das primeiras imagens do Papai Noel da Coca-Cola
Essa
imagem se tornou popular nos EUA e Canadá no século XIX devido à
influência da Coca-Cola, que na época lançou um comercial do bom
velhinho com as vestes vermelhas. Essa imagem tem se mantido e reforçado
por meio da mídia ou meios (português europeu) publicitária(os), como
músicas, filmes e propagandas.
O personagem foi inspirado em São Nicolau Taumaturgo, arcebispo de Mira na Turquia, no século IV. Nicolau costumava ajudar, anonimamente, quem estivesse em dificuldades financeiras. Colocava o saco com moedas de ouro a ser ofertado na chaminé das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo inteiro.
Uma
das pessoas que ajudaram a dar força à lenda do Papai Noel foi Clemente
Clark Moore, um professor de literatura grega de Nova Iorque, que
lançou o poema Uma visita de São Nicolau, em 1822, escrito para seus
seis filhos. Nesse poema, Moore divulgava a versão de que ele viajava
num trenó puxado por renas. Ele também ajudou a popularizar outras
características do bom velhinho, como o fato (português brasileiro) ou
facto (português europeu) dele entrar pela chaminé.
O
caso da chaminé, inclusive, é um dos mais curiosos na lenda de Papai
Noel. Alguns estudiosos defendem que isso se deve ao fato de que várias
pessoas tinham o costume de limpar as chaminés no Ano Novo para permitir
que a boa sorte entrasse na casa durante o resto do ano.
No
poema, várias tradições foram buscadas de diversas fontes e a
verdadeira explicação da chaminé veio da Finlândia. Os antigos lapões
viviam em pequenas tendas, semelhantes a iglus, que eram cobertas com
pele de rena. A entrada para essa “casa” era um buraco no telhado.
A
última e mais importante característica incluída na figura do Pai Natal
é sua blusa vermelha e branca. Antigamente, ele usava cores que tendiam
mais para o marrom e costumava usar uma coroa de azevinhos na cabeça,
mas não havia um padrão.
Seu
atual visual foi obra do cartunista Thomas Nast, na revista Harper's
Weeklys, em 1886, na edição especial de Natal. Em alguns lugares na
Europa, contudo, algumas vezes ele também é representado com os
paramentos eclesiásticos de bispo, tendo, em vez do gorro vermelho, uma
mitra episcopal.
É
amplamente divulgado pela internet e por outros meios que a Coca-Cola
seria a responsável por criar o atual visual do Papai Noel ou Pai Natal
(roupas vermelhas com detalhes em branco e cinto preto), mas é
historicamente comprovado que o responsável por sua roupagem vermelha
foi o cartunista alemão Thomas Nast, em 1886 na revista Harper’s
Weeklys.
Papai
Noel ou Pai Natal até então era representado com roupas de inverno,
porém na cor verde (com detalhes prateados ou brancos), tipico de
lenhadores.
O que ocorre é
que em 1931 a Coca-Cola realizou uma grande campanha publicitária
vestindo Papai Noel ou Pai Natal ao mesmo modo de Thomas Nast, com as
cores vermelha e branca, o que foi bastante conveniente, já que estas
são as cores de seu rótulo.
Tal
campanha, destinada a promover o consumo de Coca-Cola no inverno
(período em que as vendas da bebida eram baixas na época), fez um enorme
sucesso e a nova imagem de Papai Noel ou Pai Natal espalhou-se
rapidamente pelo mundo.
Portanto, a Coca-Cola contribuiu para difundir e padronizar a imagem atual, mas não é responsável por tê-la criado.