02/01/2013 00:23hs
A verdadeira mulher brasileira, não é aquela que aparece nas novelas de unhas sempre pintadas, cabelo impecável, maquiada, às vezes vulgar, em outras vezes perversa, má, subjugada.
Este é o estereótipo que a TV brasileira vende para o mundo, e depois a mídia fica cobrando das autoridades abusos sexuais contra crianças e adolescentes, turismo sexual. Para os estrangeiros somos as mulatas que sambam semi-nuas e nos vendemos por algumas notas de dólares.
Isto deve acabar, pois não somos este tipo de pessoa. Somos trabalhadoras, batalhadoras, além do nosso trabalho fora de casa, ainda cuidamos de nossa família, pois é por nossa família, para termos o quê por na mesa, dar material escolar para nossos filhos, ajudar nossos maridos a pagar as contas, é por isso que nós vivemos.
Muitas de nós não tem marido, lutamos sozinhas para criarmos nossos filhos, pegamos ônibus, trem, metrô, ficamos horas no trânsito, e ainda levamos os filhos para creche e quando chegamos em nosso lar, ainda temos que cuidar da alimentação deles, vamos arrumar nossa casa, lavar as roupas.
A mulher brasileira é alegre sim, pois somos de um país tropical, gostamos de conversar, rir, cantar.
Somos românticas e sonhamos com o príncipe encantado, e quando temos nosso marido, sonhamos que ele se torne o príncipe encantado.
Estudamos e trabalhamos, fazemos isso para melhorar nossos salários, que é menor que o solário do trabalhador do sexo oposto, mesmo que façamos o mesmo serviço.
Merecemos respeito por parte primeiro dos homens brasileiros, dos políticos, leis que nos protejam, salários dignos, melhores condições de transporte público.
Merecemos respeito da mídia, das telenovelas, dos cantores, dos artistas.
Existem músicas que nos ofendem, e pelo motivo de uma classe social baixa que se subjuga a estas músicas, somos obrigadas a ouví-las pois estão por toda parte.
O assassinato contra a mulher aumentou, pois hoje a mulher responde o homem que a ela ofende, não abaixamos a cabeça como faziam nossas avós, não aceitamos a infidelidade, porquê sabemos que podemos sair de casa e temos força e condições de lutarmos sozinhas, não dependemos mais de um homem para nos sustentar.
Por Maria Pacheco