segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Conflitos e tratados de paz, entenda um pouco esta história


A história da Antiga Israel abrange o período desde o século XX a.C. até à expulsão e Diáspora do povo judaico no século I, na área compreendida entre o Mar Mediterrâneo, o deserto do Sinai, as montanhas do Líbano e o deserto da Judeia. Concentra-se especialmente no estudo do povo judeu neste período, e de forma secundária dos outros povos que com ele conviveram, como os filisteus, fenícios, moabitas, idumeus, hititas, madianitas, amoritas e amonitas. As fontes sobre este período são principalmente a escrita clássica como a Bíblia hebraica ou Tanakh (conhecida pelos cristãos como Antigo Testamento), o Talmude, o livro etíope Kebra Nagast e escritos de Nicolau de Damasco, Artapano de Alexandria, Fílon e Josefo. Outra fonte principal de informação são os achados arqueológicos no Egito, Moab, Assíria ou Babilónia, e os vestígios e inscrições no próprio território.

A Terra de Israel, conhecida em hebraico como Eretz Israel, é sagrada para o povo judeu desde os tempos bíblicos. De acordo com a Torá, a Terra de Israel foi prometida aos três patriarcas do povo judeu, por Deus, como a sua pátria; estudiosos têm colocado este período no início do 2º milênio a.C.. A terra de Israel guarda um lugar especial nas obrigações religiosas judaicas, englobando os mais importantes locais do judaísmo (como os restos do Primeiro e Segundo Templos do povo judeu). A partir do século X a.C.uma série de reinos e estados judaicos estabeleceram um controle intermitente sobre a região que durou cerca de 150 anos, para o Reino de Israel, até à sua conquista pelos assírios em 721 a.C., e quatro séculos para o Reino de Judá, até à sua conquista por Nabucodonosor em 586 a.C. e destruição do Templo de Salomão pelos babilónios] Em 140 a.C. a revolta dos Macabeus levou ao estabelecimento do Reino Hasmoneu de Israel, cuja existência enquanto reino independente durou 77 anos, até à conquista de Jerusalém por Pompeu em 63 a.C, altura em que se tornou um reino tributário do Império Romano.

Sob o domínio assírio, babilônico, persa, grego, romano, bizantino e (brevemente) sassânido, a presença judaica na região diminuiu por causa de expulsões em massa. Em particular, o fracasso na revolta de Bar Kokhba contra o Império Romano em 132 resultou em uma expulsão dos judeus em larga escala. Durante este tempo os romanos deram o nome de Syria Palæstina à região geográfica, numa tentativa de apagar laços judaicos com a terra. No entanto, a presença judaica na Palestina manteve-se, com o deslocamento de judeus da Judeia para a cidade de Tiberíades, na Galileia.[40] No início do século XII ainda permaneciam cerca de 50 famílias judaicas na cidade.[41] A Mishná e o Talmud de Jerusalém, dois dos textos judaicos mais importantes, foram compostos na região durante esse período. A terra foi conquistada do Império Bizantino em 638 durante o período inicial das conquistas muçulmanas. O niqqud hebraico foi inventado em Tiberíades nessa época. A área foi dominada pelos omíadas, depois pelos abássidas, cruzados, os corésmios e mongóis, antes de se tornar parte do império dos mamelucos (1260-1516) e o Império Otomano em 1517.

Embora a presença judaica na Palestina tenha sido constante, os judeus que "sempre lá estiveram" reduziam-se à pequena comunidade rural de Peki'in, árabes em tudo excepto na religião. Durante os séculos XII e XIII, houve um pequeno, mas constante movimento de imigrantes judeus para a região, especialmente vindos do Norte de África. Após o Decreto de Alhambra em 1492, muitos judeus expulsos de Espanha partiram para a Terra Santa, embora se tenham fixado nas cidades onde viviam da caridade e do halukka enviado pelos seus pares na Diáspora. Após 1517, sob o domínio Otomano, a região tornou-se uma província esquecida do Império, declinando em população devido à extrema pobreza, impostos exorbitantes, doença e falta de segurança. A população era maioritariamente muçulmana, da qual dez por cento eram católicos. Em 1777, judeus europeus começaram a voltar à região, juntando-se à pequena comunidade sefardita local. Por volta de 1800, a população judaica rondaria os três milhares, vivendo sobretudo nas "Quatro Cidades Sagradas", Jerusalém, Hebron, Safed e Tiberíades. Despreparados para a rudeza da região, sem conseguir arranjar emprego e impedidos de possuir terras, os judeus europeus viviam na miséria, sobrevivendo, mais uma vez, do halukka.

Já na década de 1850, os judeus chegariam mesmo a constituir pelo menos a metade da população de Safed, Tiberíades e Jerusalém.
Sionismo e o Mandato Britânico

Algumas fontes afirmam que primeira grande onda de imigração moderna, conhecida como a primeira Aliyah (hebraico: עלייה), começou em 1881, quando os judeus fugiram dos pogroms na Europa Oriental. Outras, no entanto, apresentam dados que demonstram que os fluxos de imigração judaica provenientes da Europa entre os anos de 1880 a 1929 tinham como destino em sua maior parte, os países americanos e não a Palestina para onde se dirigiu um número minoritário de judeus até o início da Segunda Guerra Mundial.

Enquanto o movimento sionista já existia, em teoria, Theodor Herzl foi creditado como o fundador do sionismo político, um movimento que inspirado no nacionalismo alemão pretendia estabelecer um Estado judaico na terra de Israel, buscando uma solução estadista para a questão judaica. Em 1896, Herzl publicou Der Judenstaat ("O Estado Judeu"), que oferece a sua visão de um futuro Estado judeu. No ano seguinte, ele presidiu o primeiro Congresso Mundial Sionista.

A segunda Aliyah (1904-1914), começou após o pogrom de Kishinev. Cerca de 40 000 judeus se estabeleceram na Palestina. Tanto a primeira quanto a segunda onda de imigrantes foi principalmente de judeus ortodoxos, porém na Segunda Aliyah também vieram alguns socialistas pioneiros que criaram o movimento kibbutz. A 2 de novembro de 1917, durante a Primeira Guerra Mundial, o Ministro Britânico de Relações Exteriores, Arthur Balfour emitiu o que ficou conhecido como a Declaração de Balfour, que diz "O governo de Sua Majestade encara favoravelmente o estabelecimento na Palestina de um lar nacional para o Povo Judeu…". A pedido de Edwin Samuel Montagu e de Lord Curzon, uma linha foi inserida na declaração afirmando "que seja claramente entendido que nada será feito que possa prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas na Palestina, ou os direitos e estatuto político usufruídos pelos judeus em qualquer outro país"

A Legião Judaica, um grupo de batalhões compostos sobretudo de voluntários sionistas, havia assistido os britânicos na conquista da Palestina. A utilização do termo ambíguo "lar nacional" alarmou os árabes e, de forma a aplacá-los, em 7 de novembro de 1918 o Reino Unido assinou com a França a Declaração Anglo-Francesa, declarando como objectivo comum a ambos os países "a libertação final e completa dos povos que há muito vêm sendo oprimidos pelos turcos, e o estabelecimento de governos nacionais e administrações [na Síria, Iraque e Palestina] cuja autoridade deriva do livre exercício da iniciativa e escolha por parte das populações indígenas". No entanto, em 1919, num memorando governamental interno, Balfour declarou que não tinha intenção de consultar os habitantes da Palestina sobre as suas aspirações, contrariando assim a Declaração de 1918 e a Declaração de Balfour na sua promessa de não prejudicar os direitos civis e religiosos das comunidades não-judaicas da Palestina.A oposição árabe a este plano levou aos distúrbios de 1920 na Palestina e à formação da organização judaica conhecida como Haganah ("a Defesa", em hebraico), da qual mais tarde se separaram os grupos Irgun e Lehi.

Em 1922, a Liga das Nações concedeu ao Reino Unido um mandato na Palestina em condições semelhantes à Declaração Balfour. A população da área neste momento era predominantemente muçulmana, enquanto na maior área urbana da região, Jerusalém, era maioritariamente judaica.  terceira (1919-1923) e a quarta Aliyah (1924-1929) trouxeram 100 000 judeus para a Palestina. A partir de 1921 os britânicos sujeitaram a imigração judaica a quotas e a maioria do território designado para o estado judaico foi alocado à Transjordânia.

A ascensão do nazismo na década de 1930 levou à quinta Aliyah, com um fluxo de 250 mil judeus. Este fluxo provocou a Revolta árabe de 1936-1939, e levou os britânicos a conter a imigração através do Livro Branco de 1939. Com países de todo o mundo recebendo refugiados judeus fugidos do Holocausto, um movimento clandestino conhecido como Aliyah Bet foi organizado para transportar judeus para a Palestina. Pelo final da Segunda Guerra Mundial, os judeus representavam 33% da população da Palestina, quando eram 11% em 1922.
Independência e primeiros anos

Após 1942, com a rejeição do Livro Branco de 1939 por parte dos líderes sionistas, o Reino Unido tornou-se cada vez mais envolvido num conflito violento com os judeus. Vários ataques armados foram levados a cabo pelos sionistas contra alvos britânicos, dos quais se destacam o assassinato do ministro de estado britânico Lord Moyne no Cairo em novembro de 1944 pelo Stern Gang, liderado por Yitzhak Shamir, e a explosão do Hotel King David pelo Irgun, liderado por Menachem Begin, em 1946. No início de 1947, o governo britânico, percebendo o encargo político e económico que estava a ser o conflito na Palestina, decidiu acabar com o Mandato, declarando que era incapaz de chegar a uma solução aceitável para ambos os lados, árabes e judeus.

A recém-criada Organização das Nações Unidas recomendou a aplicação do Plano de partição da Palestina, aprovado pela Assembleia Geral das Nações Unidas através da Resolução 181, de 29 de novembro de 1947, propondo a divisão do país em dois Estados, um árabe e um judeu. Segundo esta proposta, a cidade de Jerusalém teria um estatuto de cidade internacional - um corpus separatum - administrada pelas Nações Unidas para evitar um possível conflito sobre o seu estatuto. A partição proposta pelo Comitê Especial das Nações Unidas para a Palestina (UNSCOP, pela sigla em inglês) concedia ao terço populacional judeu 56% do território, deixando aos dois terços árabes 44% da terra. A divisão demográfica dos dois putativos países significava que no estado árabe deveriam viver 818.000 palestinos, hospedando 10.000 judeus. No estado judeu, viveriam 438.000 palestinos entre 499.000 judeus. O novo Estado judaico detinha a grande maioria das terra férteis e, das 1.200 aldeias palestinas, aproximadamente 400 estavam incluídas em seu interior.

A Agência Judaica aceitou o plano, embora nunca tivesse afirmado que limitaria o futuro Estado judaico à área proposta pela Resolução 181. A 30 de novembro de 1947 a Alta Comissão Árabe rejeitou o plano, na esperança de que o assunto fosse revisto e uma proposta alternativa apresentada. Nesta altura, a Liga Árabe não considerava ainda uma intervenção armada na Palestina, à qual se opunha a Alta Comissão Árabe. No dia seguinte à rejeição do plano, o conflito armado estendeu-se a toda a Palestina. As organizações paramilitares sionistas, em especial o Haganah e os voluntários internacionais que se lhes juntaram, iniciaram o que David Ben Gurion chamou de "defesa agressiva", na qual qualquer ataque árabe seria respondido de forma decisiva, com destruição do lugar, expulsão dos seus moradores e captura da posição. Em março de 1948 foi colocado em prática o Plano Dalet, com o objectivo de capturar aldeias, bairros e cidades árabes. No mês seguinte, dois importantes acontecimentos geraram ondas de choque através da Palestina e de todo o mundo árabe: A morte de Abd al-Qader al-Husseini defendendo a aldeia árabe de Al-Qastal, e o massacre da aldeia de Deir Yassin, perpetrado pelo Irgun e pelo Stern Gang. Estes acontecimentos levaram os países árabes, reunidos na Liga Árabe, a considerar uma intervenção na Palestina com os seus exércitos regulares. A economia árabe-palestina desmoronou e 250 000 árabes-palestinos fugiram ou foram expulsos.

Em 14 de maio de 1948, um dia antes do fim do Mandato Britânico, a Agência Judaica proclamou a independência, nomeando o país de Israel. No dia seguinte, cinco países da Liga Árabe, Egito, Síria, Jordânia, Líbano e Iraque, apoiados pela Arábia Saudita e pelo Iêmen, invadiram o território do antigo Mandato Britânico da Palestina, iniciando a Guerra árabe-israelense de 1948. Marrocos, Sudão, Iêmen e Arábia Saudita também enviaram tropas para ajudar os invasores. Após um ano de combates, um cessar-fogo foi declarado e uma fronteira temporária, conhecida como Linha Verde, foi estabelecida. Os territórios anexados da Jordânia tornaram-se conhecidos como Cisjordânia e Jerusalém Oriental, o Egito assumiu o controle da Faixa de Gaza. Israel foi admitido como membro das Nações Unidas em 11 de maio de 1949. Durante o conflito 711 000 árabes, de acordo com estimativas das Nações Unidas, ou cerca de 80% da população árabe anterior, fugiram do país.[76] O destino dos refugiados palestinos de hoje é um grande ponto de discórdia no conflito israelo-palestino. Em retaliação, os governos de diversos países árabes e muçulmanos iniciaram uma política de perseguição e expulsão de suas populações judaicas, que resultou no êxodo de cerca de 700 mil pessoas, a maioria absorvida por Israel, entre o final da década de 1940 e o início da década de 1970

Nos primeiros anos do Estado, o Sionismo trabalhista, movimento sionista liderado pelo então Primeiro-ministro David Ben-Gurion dominava a política israelita. Esses anos foram marcados pela imigração maciça dos sobreviventes do Holocausto e um influxo de judeus perseguidos em terras árabes. A população de Israel aumentou de 800 000 para dois milhões entre 1948 e 1958. A maioria dos refugiados que chegaram sem posses e foram alojados em campos temporários conhecidos como ma'abarot. Em 1952, mais de 200 000 imigrantes viviam nestas "cidades tenda". A necessidade de resolver a crise levou Ben-Gurion a assinar um acordo com a Alemanha Ocidental que desencadeou protestos em massa de judeus que eram contrários a ideia de Israel "fazer negócios" com a Alemanha. Durante a década de 1950, Israel foi atacado constantemente por militantes, principalmente a partir da Faixa de Gaza, que estava sob controle egípcio. Em 1956, Israel criou uma aliança secreta com o Reino Unido e a França destinada a recapturar o canal do Suez, que os egípcios tinham nacionalizado (ver Guerra do Suez). Apesar da captura da Península do Sinai, Israel foi forçado a recuar devido à pressão dos Estados Unidos e da União Soviética, em troca de garantias de direitos marítimos de Israel no Mar Vermelho e no Canal.

No início da década seguinte, Israel capturou Adolf Eichmann, um dos criadores da Solução Final escondido na Argentina, e o trouxe para julgamento O julgamento teve um impacto importante sobre a conscientização do público sobre o Holocausto,[88] Eichmann foi única pessoa executada por Israel, embora John Demjanjuk tivesse sido condenado a morrer antes de sua condenação ser anulada pela Suprema Corte de Israel.
Conflitos e tratados de paz

Ao longo dos anos os países árabes recusaram-se a manter relações diplomáticas com Israel não reconhecendo a existência do Estado judeu e, além disso, árabes nacionalistas liderados por Nasser lutaram pela destruição do Estado judeu. Em 1967, o Egito, a Síria e a Jordânia mandaram suas tropas até as fronteiras israelenses, expulsando as forças de paz da ONU e bloqueando o acesso de Israel ao Mar Vermelho. Israel viu essas ações como um casus belli para um conflito, iniciando a Guerra dos Seis Dias. Israel conseguiu uma vitória decisiva nesta guerra e capturou os territórios árabes da Cisjordânia, Faixa de Gaza, Península do Sinai e as Colinas de Golã. Desde 1949 a chamada Linha Verde passou a ser a fronteira administrativa entre Israel e os territórios ocupados. As fronteiras de Jerusalém foram ampliadas por Israel que incorporou Jerusalém Oriental. A Lei de Jerusalém, promulgada em 1980, reafirmou esta medida e reacendeu polêmica internacional sobre o estatuto de Jerusalém.

O fracasso dos Estados Árabes na guerra de 1967 levou ao surgimento de organizações não-estatais árabes no conflito, sendo a mais importante a Organização de Libertação da Palestina (OLP), que foi concebida sob o lema "a luta armada como única forma de libertar a pátria.". No final da década de 1960 e início da década de 1970, grupos palestinos lançaram uma onda de ataques contra alvos israelenses ao redor do mundo, incluindo um massacre de atletas israelitas nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972, em Munique na Alemanha. Israel reagiu com a Operação Cólera de Deus, no decurso da qual os responsáveis pelo massacre de Munique foram encontrados e executados.[99] Em 6 de outubro de 1973, no Yom Kippur, dia mais santo do calendário judaico, os exércitos do Egito e da Síria lançaram um ataque surpresa contra Israel. A guerra terminou em 26 de outubro com o êxito israelense, que conseguiu repelir as forças egípcias e sírias, porém sofrendo grandes perdas. Um inquérito interno exonerou o governo israelense da responsabilidade pelo conflito, porém a insatisfação popular forçou a então Primeira-Ministra Golda Meir a renunciar.

As eleições de 1977 do Knesset marcaram uma virada importante na história política israelense, quando Menachem Begin do Partido Likud assumiu o controle do Partido Trabalhista. Mais tarde, no mesmo ano, o então Presidente Egípcio Anwar El Sadat fez uma visita a Israel e falou perante o Knesset, esta foi a primeira vez que um chefe de Estado árabe reconheceu o Estado de Israel.[103] Nos dois anos que se seguiram, Sadat e Menachem Begin assinaram o Acordo de Camp David e o Tratado de Paz Israel-Egito. Israel retirou-se da Península do Sinai e concordou em iniciar negociações sobre uma possível autonomia para palestinos em toda a Linha Verde, um plano que nunca foi executado. O governo israelense começou a encorajar assentamentos judeus no território da Cisjordânia, criando atritos com os palestinos que viviam nessas áreas.

Em 7 de junho de 1981, Israel bombardeou pesadamente o reator nuclear Osirak no Iraque durante a chama Operação Ópera, com fim de desabilitá-lo. A inteligência israelense tinha uma suspeita de que o Iraque pretendia utilizar este reator para o desenvolvimento de armas nucleares. Em 1982, Israel interveio na Guerra Civil Libanesa, destruindo as bases da Organização de Libertação da Palestina, que, em resposta, lançou ataques e mísseis ao norte de Israel. Esse movimento se desenvolveu para a Guerra do Líbano de 1982. Israel retirou a maior parte se suas tropas do Líbano, em 1986, mas manteve uma "zona de segurança" até 2000. A Primeira Intifada, um levante palestino contra Israel, eclodiu em 1987, com ondas de violência nos territórios ocupados. Ao longo dos seis anos seguintes, mais de mil pessoas foram mortas, muitas das quais por atos internos de violência dos palestinos.[108] Durante a Guerra do Golfo em 1991, a OLP e os palestinos apoiaram os ataques de mísseis lançados contra Israel pelo líder iraquiano Saddam Hussein, na tentativa de provocar a entrada de Israel para a guerra.

Em 1992, Yitzhak Rabin tornou-se Primeiro-Ministro, ele e seu partido estabeleceram compromissos com os vizinhos de Israel. No ano seguinte, Shimon Peres e Mahmoud Abbas, em nome de Israel e da OLP, assinaram os Acordos de paz de Oslo, que deram à Autoridade Nacional Palestina o direito de auto-governar partes da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. A intenção era o reconhecimento do direito do estado de Israel existir e uma forma de dar fim ao terrorismo. Em 26 de outubro de 1994 foi assinado o Tratado de paz Israel-Jordânia, sendo a Jordânia o segundo país árabe que normalizou suas relações com Israel. O apoio público dos árabes aos Acordos foi danificado pelo Massacre do Túmulo dos Patriarcas, pela continuação dos assentamentos judeus, e pela deterioração das condições econômicas. O apoio da opinião pública israelense aos Acordos diminuiu quando Israel foi atingido por ataques suicidas palestinos. Em novembro de 1995 o assassinato de Yitzhak Rabin por um militante de extrema-direita judeu, chocou o país.

No final da década de 1990, Israel, sob a liderança de Benjamin Netanyahu, desistiu de Hebron,assinando o Memorando de Wye River, dando maior controle da região para a Autoridade Nacional Palestina. Ehud Barak, eleito primeiro-ministro em 1999, começou por retirar forças israelenses do sul do Líbano, realizando negociações com a Autoridade Palestina Yasser Arafat e o então Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, durante a Cúpula de Camp David de 2000. Durante esta cimeira, Barak ofereceu um plano para o estabelecimento de um Estado palestino na Faixa de Gaza e 91% da Cisjordânia, retendo porém o controlo sobre todas as fronteiras e principais cursos de água, e anexando definitivamente 12% do Vale do Jordão, a região mais fértil da Cisjordânia, a favor de Israel, reservando-se ainda o direito de permanecer entre 12 a 30 anos em outros 10% dessa região. Yasser Arafat rejeitou o acordo, exigindo como pré-condição para as negociações a retirada de Israel para as fronteiras de Junho de 1967. Após o colapso das negociações, começou a Segunda Intifada. Ariel Sharon foi escolhido como novo primeiro-ministro em 2001 durante uma eleição especial. Durante seu mandato, Sharon realizou seu plano de retirada unilateral da Faixa de Gaza e também liderou a construção da barreira israelense da Cisjordânia. Em janeiro de 2006, depois de sofrer um grave acidente vascular cerebral que o deixou em coma, Ariel Sharon deixou o cargo e suas competências foram transferidas para o gabinete de Ehud Olmert.

Em julho de 2006, um ataque da artilharia do Hezbollah a comunidades da fronteira norte de Israel e um rapto de dois soldados israelenses desencadeou a Segunda Guerra do Líbano.Os confrontos duram por um mês até um cessar-fogo (Resolução 1701 da Organização das Nações Unidas) mediado pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Em 27 de novembro de 2007, o Primeiro-Ministro israelense Ehud Olmert e o Presidente palestino Mahmoud Abbas concordaram em negociar sobre todas as questões e lutar por um acordo até ao final de 2008. Em abril de 2008, o presidente sírio Bashar al-Assad disse a um jornal do Qatar que a Síria e Israel tinham vindo a discutir um tratado de paz por um ano, com a Turquia como mediador. Isto foi confirmado por Israel, em Maio de 2008.

No final de dezembro de 2008, o cessar-fogo entre o Hamas e Israel acabou após foguetes serem disparados a partir da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas. Israel respondeu com uma série de intensos ataques aéreos. Em resposta, protestos eclodiram em todo o mundo. Em 3 de janeiro de 2009, tropas israelitas entraram em Gaza marcando o início de uma ofensiva terrestre.


Fonte: Wikipédia

 09 de dezembro de 2012 | 11h 18

Festa do Hamas em Gaza prova que Israel sofre riscos, diz Netanyahu

'Novamente fomos expostos à verdadeira face de nossos inimigos; querem destruir o nosso país'

A promessa do Hamas de derrotar Israel após reivindicar "vitória" no conflito em Gaza, no ultimo mês, justifica a relutância de Israel em renunciar a mais terras em favor dos palestinos, disse neste domingo o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.  

Khaled Meshaal, líder do movimento Hamas, fez neste sábado um desafiador discurso perante milhares de partidários na Faixa de Gaza, prometendo tomar "centímetro por centímetro" tudo do Estado de Israel, que ele diz que nunca reconhecerá.
"No ultimo dia, novamente fomos expostos à verdadeira face de nossos inimigos. Eles não têm a intenção de se comprometer conosco. Eles querem destruir o nosso país", afirmou Netanyahu em encontro de seu gabinete.
O líder israelense recebeu grandes críticas internacionais nesta semana, por anunciar uma nova onda de construções de assentamentos judaicos na Cisjordânia ocupada e em Jerusalém Oriental, depois de um reconhecimento de fato do Estado palestino pela Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas).
Mas Netanyahu afirmou que Israel nunca se retirará unilateralmente da Cisjordânia, como fez de Gaza em 2005, argumentando que isso poderia criar outro território do qual os palestinos possam lançar foguetes contra as cidades israelenses.
"Estou sempre consternado com as desilusões dos outros que estão preparados para seguir nesse processo e chamá-lo de paz", afirmou.
"Queremos uma paz verdadeira com nossos vizinhos, mas não fecharemos nossos olhos, nem enterraremos nossas cabeças na areia", disse, acrescentando que isso exige que Israel "resista às pressões internacionais".  

Fonte: Dan Williams - Reuters

 

 

 


Árabes darão dinheiro para Palestinos

 09 de dezembro de 2012 | 18h 30

Árabes oferecem US$100 mi mensais a palestinos como 'rede de segurança financeira'

DOHA - Países árabes concordaram em fornecer à Autoridade Palestina uma "rede de segurança financeira" de 100 milhões de dólares por mês a fim de ajudar o governo do presidente Mahmoud Abbas a lidar com uma crise econômica, depois que a ONU elevou o status dos palestinos para Estado observador não-membro da entidade. 

Israel respondeu à votação da Organização das Nações Unidas de 29 de novembro ordenando a construção de 3 mil casas para colonos judeus na Cisjordânia ocupada e anunciou que pretende atrasar os pagamentos de direitos aduaneiros que recolhe em nome dos palestinos para pagar uma conta de luz pendente.
Em um comunicado no domingo depois de uma reunião em Doha, chanceleres árabes pediram a implementação imediata de uma resolução aprovada durante uma cúpula árabe em Bagdá em março, que indicou o fornecimento de uma rede de segurança de 100 milhões de dólares mensais.
O comunicado não deu detalhes de como o dinheiro será pago ou quem pagará, mas o secretário-geral da Liga Árabe, Nabil Elaraby, disse que um mecanismo foi acertado.
"O mecanismo é que o presidente do comitê (Catar) e o secretário-geral vão contatar cada país com a quantia exata que eles precisam pagar", disse à Reuters Elaraby após a reunião. "Eu disse que quero uma resposta em 15 dias", acrescentou.
Israel e Estados Unidos se opuseram à elevação do status dos palestinos pela Assembleia Geral da ONU para "Estado observador não-membro", dizendo que em vez disso, Abbas deveria retomar as negociações de paz que entraram em colapso em 2010 por causa da construção de assentamentos por Israel.
O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional afirmaram em setembro que a crise na economia palestina pioraria, a menos que o financiamento externo aumentasse e Israel reduzisse suas antigas restrições que impedem o desenvolvimento.
Em um relatório separado, o Banco Mundial também previu um déficit de 1,5 bilhão de dólares no orçamento palestino de 2012, com a expectativa de que os fundos dos doadores possam cobrir apenas 1,14 bilhão de dólares do déficit. 




Fonte: REGAN DOHERTY - Reuters

 


Hugo Chàvez já indica sucessor

 09 de dezembro de 2012 | 8h 39

Câncer reaparece e Chávez aponta vice como potencial sucessor

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou que regresará à Cuba neste domingo para realizar uma nova cirurgia para combater a reaparição do câncer e indicou seu vice-presidente, Nicolás Maduro, como sucessor do chavismo caso algo lhe aconteça e tenha que afastar-se do comando do país.
Essa é a primeira vez que Chávez admite que a gravidade de seu estado de saúde pode afastá-lo da Presidência.
Reeleito em outubro, o líder venezuelano desenhou um panorama pouco otimista, no qual incluiu a possibilidade de que ele não possar terminar o atual mandato e, inclusive, não assuma o novo mandato que começa em 10 de janeiro.
Ao ouvir a indicação de Chávez, o semblante de Maduro foi de susto e ao mesmo tempo de consternação. 

Emergência e piora

A reaparição do câncer, com o qual Chávez batalha há mais de um ano, foi diagnosticada nesta semana durante novos exames realizados em Havana.
De acordo com Chávez, a equipe médica disse que ele deveria ser operado de emergência ainda neste final de semana. Porém, ele insistiu em retornar à Venezuela para comunicar à população sobre seu estado de saúde.
"Lamentavelmente, nessa revisão exaustiva surge a presença de células malignas na mesma área afetada", disse, ao afirmar que nesta ocasião a cirurgia é "absolutamente imprescindível".
Há poucos meses, durante a campanha eleitoral, Chávez chegou a afirmar que estava curado. No entanto, sua ausência pública logo após a reeleição chamou a atenção sobre uma possível piora em seu estado de saúde.

Na mensagem emocionada ao país, num tom de testamento, Chávez pediu unidade a seu governo, a militares, civis e à população em geral. Ele afirmou que "em qualquer circunstância" a "revolução" e a "via venezuelana ao socialismo" devem seguir.
"Me dá muita dor na verdade que esta situação cause dor, cause angústia a milhões de vocês", disse. "Felizmente, esta revolução não depende de um homem". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Fonte:  Estadão

 

Madonna leva vaias e depois é exaltada pelo público


Madonna encerra em Porto Alegre turnê no Brasil com resfriado, vaias e ingressos esgotados 

Madonna se despediu do Brasil na noite deste domingo (9), após um atraso que deixou o público gaúcho impaciente. Foram mais de duas horas de espera, algumas vaias e até um coro de "Madonna, vai tomar no...". O show estava marcado para as 21h, mas as 43 mil pessoas que lotaram o Estádio Olímpico tiveram que esperar até as 23h10 para que Madonna finalmente subisse ao palco e desse início à sua primeira apresentação em Porto Alegre. Mas a verdade é que, uma hora e 45 minutos depois, ninguém nem lembrava mais do início turbulento.

O cenário, cheio de motivos religiosos, impressiona: é saindo de um confessionário gigante que a cantora começaa sua performance com "Girl Gone Wild". Crucifixos, badaladas de sino e dançarinos travestidos de monges também fazem parte desse primeiro momento do show. Na sequência, durante "Revolver" e "Gang Bang", Madonna incorpora uma espécie de super-mulher e distribui tiros teatrais entre seus bailarinos, que dessa vez se passam por uma gangue. A plateia vai ao delírio quando ela simula uma disputa por uma arma com um dos rapazes. É só uma amostra da grandiosidade do espetáculo: os 22 dançarinos usam cerca de 700 peças de figurino, e a própria cantora troca de roupa várias vezes
A plateia esfria um pouco durante "Open Your Heart" ("vocês podem fazer melhor que isso", ela chega a dizer), mas volta com tudo já durante "Sagara Jo". É quando ela confessa que está resfriada e não se sentia bem disposta antes de subir ao palco: "Esse é o primeiro show que nós fazemos na América do Sul que não chove, obrigada Deus. Infelizmente eu peguei um resfriado e antes de o show começar eu não estava realmente querendo me apresentar. Mas ver as caras lindas de vocês sorrindo me dá força para fazer isso". Depois do desabafo, quando avistou fãs que reconheceu dos outros shows, ela brincou: "Vocês ainda estão aqui? Espero que tenham lavado essas roupas". Em seguida ela emendou "Masterpiece" e ouviu o infalível coro de "Madonna, eu te amo!".
O show em Porto Alegre foi o último dessa passagem da cantora pelo Brasil (ela já tinha se apresentado no Rio e em São Paulo). Da capital gaúcha, Madonna segue para Buenos Aires, onde se apresenta na quinta (13) e no sábado (15). Depois ela vai para Santiago do Chile, onde tem show marcado no dia 19, e encerra a turnê com mais um show na Argentina, dessa vez em Córrdoba, no dia 22.
Fonte: Cristine Kist

Mulheres em risco

10/12/2012 - 03h00
Uma mulher é morta a cada 1h57 no Brasil, aponta levantamento

O número de mulheres assassinadas a cada mês no Brasil saltou de 113 para 372 em 30 anos. Os índices foram levantados pelo IAB (Instituto Avante Brasil) a partir de dados do Datasus, do Ministério da Saúde.

A CADA DUAS HORAS
No início da década de 1980, uma mulher era assassinada a cada 6h28m28s no país. A escalada da violência fez com que o intervalo diminuísse.
Hoje, a cada 1h57m43s, há uma vítima de homicídio nesta parcela da população.

DELITÔMETRO
O IAB, criado pelo jurista Luiz Flávio Gomes, idealizou um "delitômetro" que apura em tempo real o número de homicídios de mulheres no país. O cronômetro está disponível no site da entidade, junto com outro índice que faz o cálculo de mortes no trânsito e assassinatos em geral.

Fonte: Mônica Bergamo