quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Troca de e-mails indica que Rosemary consultou Lula sobre nomeações

29/11/201223h51 




Troca de e-mails indica que Rosemary consultou Lula sobre nomeações

Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-assessora de Lula  
Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-assessora de Lula

E-mails trocados entre a ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, e os irmãos Rubens e Paulo Vieira, diretores exonerados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e da Agência Nacional de Águas (ANA), presos pela Operação Porto Seguro, da Polícia Federal, mostram que o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, teria sido consultado sobre a nomeação dos envolvidos no esquema de venda de pareceres técnicos fraudulentos. As mensagens eletrônicas, divulgadas pelo "Jornal Nacional" fazem parte do inquérito oficial da PF e indicam a troca de favores entre Rosemary e os irmãos Vieira.

Num e-mail enviado à ex-chefe de gabinete, Rubens se oferece para preencher o cargo de diretor de Infraestrutura da Anac e diz ter as qualificações necessárias.
Em resposta, no dia 20 de setembro de 2009, Rosemary afirma que iria "tentar falar com o PR", sigla utilizada por funcionários do governo para se referir ao presidente da República. Numa mensagem anterior, de 6 de abril de 2009, é Paulo quem pede a Rosemary a indicação para o cargo de diretor da ANA. A nomeação é publicada mais de um ano depois, no fim de 2010.
Depois de emplacar os dois irmãos, Rosemary pede a Paulo uma vaga de assessora na Anac para a sua filha Mirelle. Em e-mail de 8 de novembro de 2010, Rosemary Noronha tem o cuidado de solicitar ao diretor da agência que nomeie a filha depois de uma confirmação: "Peço gentileza de nomear só depois de eu falar com o presidente", escreve. Mirelle também já foi exonerada do cargo depois do estouro do escândalo.
Numa outra mensagem obtida pela revista "Veja", Rosemary pede aos Vieira, donos de uma faculdade no município paulista de Cruzeiro, a emissão de um falso diploma para que seu marido, José Cláudio de Noronha, fosse nomeado para um cargo no Conselho de Administração da Brasilprev, companhia de previdência privada que tem o Banco do Brasil como acionista.
Rosemary acompanhou Lula em mais de duas dezenas de viagens internacionais durante o mandato do ex-presidente. No inquérito, constam apenas mensagens eletrônicas, pois o sigilo telefônico não foi quebrado.
Como consequência da Operação Porto Seguro, deflagrada na sexta-feira (23) da semana passada contra uma organização criminosa que atuava infiltrada em órgãos federais para favorecer interesses privados, a Polícia Federal (PF) pretende se concentrar agora na investigação de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro de líderes do grupo criminoso e agentes públicos suspeitos de receber recursos ou vantagens para cometer atos ilegais. Segundo a PF, a investigação não foi feita até agora, mas ela vai ocorrer “como consequência natural”.
Até o fim do ano, o primeiro relatório sobre a operação deve ser concluído. A partir daí, a expectativa é que seja pedida autorização para prosseguir na análise de todo o material coletado no decurso da operação. A Polícia Federal acredita que até fevereiro do próximo ano o inquérito policial esteja terminado.
A investigação da Operação Porto Seguro começou com um inquérito civil público para a apuração de improbidade administrativa. O ex-auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Cyonil da Cunha Borges de Faria Júnior revelou ao Ministério Público Federal e à PF que lhe foram oferecidos R$ 300 mil para que elaborasse parecer técnico a fim de beneficiar um grupo empresarial do setor portuário que atua no Porto de Santos, a empresa Tecondi (Terminal para Contêineres da Margem Direita), em um contrato com a Companhia Docas de São Paulo (Codesp).
Cyonil disse ainda ter sido contatado por Paulo Rodrigues Vieira, então diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), para alterar o parecer técnico do TCU que apontava ilegalidade na área que era ocupada pela Tecondi no Porto de Santos, maior do que a que havia sido licitada.




Lula em foto para campanha
 

 

 

 

 

 

 

Investigação sobre enriquecimento ilícito será nova etapa da Operação Porto Seguro

Como consequência da Operação Porto Seguro, deflagrada na sexta-feira (23) da semana passada contra uma organização criminosa que atuava infiltrada em órgãos federais para favorecer interesses privados, a Polícia Federal (PF) pretende se concentrar agora na investigação de enriquecimento ilícito e lavagem de dinheiro de líderes do grupo criminoso e agentes públicos suspeitos de receber recursos ou vantagens para cometer atos ilegais. Segundo a PF, a investigação não foi feita até agora, mas ela vai ocorrer “como consequência natural”.
Até o fim do ano, o primeiro relatório sobre a operação deve ser concluído. A partir daí, a expectativa é que seja pedida autorização para prosseguir na análise de todo o material coletado no decurso da operação. A Polícia Federal acredita que até fevereiro do próximo ano o inquérito policial esteja terminado.
A investigação da Operação Porto Seguro começou com um inquérito civil público para a apuração de improbidade administrativa. O ex-auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) Cyonil da Cunha Borges de Faria Júnior revelou ao Ministério Público Federal e à PF que lhe foram oferecidos R$ 300 mil para que elaborasse parecer técnico a fim de beneficiar um grupo empresarial do setor portuário que atua no Porto de Santos, a empresa Tecondi (Terminal para Contêineres da Margem Direita), em um contrato com a Companhia Docas de São Paulo (Codesp).
Cyonil disse ainda ter sido contatado por Paulo Rodrigues Vieira, então diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), para alterar o parecer técnico do TCU que apontava ilegalidade na área que era ocupada pela Tecondi no Porto de Santos, maior do que a que havia sido licitada.
Inicialmente, Cyonil aceitou o dinheiro e chegou a receber R$ 100 mil, mas se arrependeu e resolveu denunciar Paulo Rodrigues Vieira à Polícia Federal. A PF acredita que o ex-auditor fez a denúncia após ter se sentido lesado por não ter recebido as duas últimas parcelas de R$ 100 mil que haviam sido combinadas.
Em uma das denúncias feitas à polícia, Cyonil chegou a citar o nome do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, dizendo que ele teria interesse na alteração do parecer técnico envolvendo a Tecondi. Mas, segundo a PF, até o momento nada foi comprovado sobre o envolvimento de Dirceu nas irregularidades. O ex-auditor, apesar de ter cometido o crime de corrupção passiva, não foi indiciado até o momento.

Cyonil Borges, delator de esquema de corrupção desarticulado pela Operação Porto Seguro 


Após a denúncia de Cyonil, a Polícia Federal passou então a investigar o caso e chegou a outros nomes, como o de Rosemary Nóvoa de Noronha, então chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. De acordo com a PF, Rosemary, que foi indicada ao cargo pelo ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, não obtinha ganhos com os pareceres que eram produzidos ou adulterados pela organização, mas foi investigada na operação por manter uma “relação muito próxima” com Paulo Vieira e por fazer indicações para cargos públicos.
Em um dos e-mails que trocou com Paulo Vieira, ela pede uma quantia para reformar um imóvel. As mensagens eletrônicas entre Rosemary e Paulo Vieira foram interceptadas após autorização judicial. Segundo a Polícia Federal, não houve qualquer interceptação telefônica envolvendo Rosemary, que foi exonerada do cargo por determinação da presidenta Dilma Rousseff.
De acordo com a Polícia Federal, nos e-mails de Rosemary que foram interceptados, até o momento não apareceram quaisquer irregularidades envolvendo o nome do ex-presidente Lula ou do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu. “Nenhum dos dois tem hoje prerrogativa de foro. São cidadãos comuns como qualquer um de nós, apesar de um passado mais conhecido. Se tivesse qualquer coisa, até este momento, eles teriam sido sim objeto de investigação na Justiça Federal de primeira instância e poderiam até ter sido indiciados. Se não foram é porque não teve”.
Na Operação Porto Seguro, seis pessoas foram presas suspeitas de participar de uma organização criminosa que funcionava infiltrada em órgãos federais para favorecer interesses privados na tramitação de processos. Segundo o Ministério Público Federal, estão presos preventivamente os irmãos Paulo Rodrigues Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Águas (ANA); Rubens Carlos Vieira, ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac); e Marcelo Rodrigues Vieira, empresário. A advogada Patricia Santos Maciel de Oliveira chegou a ser presa temporariamente, mas já está em liberdade. Os advogados Marcos Antônio Negrão Martorelli e Lucas Henrique Batista estão em prisão domiciliar, em Santos.


Fonte:  Da Agência Brasil

Bruno Senna está próximo de fechar contrato com a Force India

Com a confirmação da contratação do finlandês Valtteri Bottas para seu lugar na Williams em 2013, Bruno Senna busca agora uma nova equipe para continuar na F-1 no próximo ano.

Segundo a reportagem apurou, Senna está muito próximo de um acordo com a Force India, que perdeu Nico Hulkenberg para a Sauber. Apesar de ainda não ter feito seu anúncio oficial para o próximo ano, a equipe deve manter Paul di Resta como titular. E Bruno ocuparia a vaga de Hulkenberg, que brilhou no GP Brasil no último final de semana.

Esta foi a terceira temporada de Bruno na F-1. Ele estreou em 2010 pela Hispania, no ano passado disputou nove corridas pela Renault e este ano competiu pela Williams.

"Conquistei marcas significativas, como a melhor volta no GP da Bélgica, e sempre ganhei posições nas corridas. Correr regularmente no top 10 foi um passo à frente em minha ainda relativamente curta carreira e me permitiu desenvolver minhas habilidades", afirmou o piloto brasileiro, que voltou ontem à noite para a Europa.

"Trabalhar com uma equipe tão competitiva e que sempre me apoiou me deixou melhor preparado para meus próximos passos."

Force India

Ficha técnica

Nome oficial: Force India

Endereço: Dadford Road, Silverstone Northamptonshire, NN12 8TJ Inglaterra

Site oficial: http://www.forceindiaf1.com/

Dono: Vijay Mallya e Michiel Mol

Chefe de equipe: Vijay Mallya

Projetistas: Andrew Green

Estréia: GP da Austrália - 2008

Primeira vitória na F1: Nenhuma

Motor: Mercedes-Benz

Pneus: Pirelli

Combustível: Total

Pilotos (2012)

Nico Hulkenberg Alemanha 24 anos

Paul di Resta Grã-Bretanha 25 anos

Pilotos de teste

Jules Bianchi (FRA)

Fontes: http://www.gaz.com.br/
            http://esporte.uol.com.br/f1/equipes/force-india/

Novo VW Passat CC chega por R$ 208 mil

29/11/2012 - 07h00

A Volkswagen apresentou o novo Passat CC. O modelo chega às concessionárias neste mês custando R$ 208.024. 
 
A versão cupê de quatro portas do Passat tem como atrativos um bom pacote de equipamentos, acabamento refinado e motor V6 de 300 cv.  
O carro passa a trazer a identidade atual da marca, caracterizada pelas "barbatanas" da grade dianteira. A traseira foi redesenhada e ganhou lanternas com LEDs.
No pacote high-tec, destaque para a segunda geração do Park Assist, sistema que estaciona o carro sozinho. Agora é possível parar também em vagas perpendiculares, como as de shopping. Antes funcionava apenas em vagas paralelas à rua.


Fonte: Folha de São Paulo

Escritor encontra membros das Farc em trekking na Colômbia

9/11/2012 - 07h12





O som distante de tiros perturbava a paz matinal de um vale ensolarado, tropicalmente brilhante. Uma jovem de cabelos longos bloqueava a trilha. Ela tinha uma metralhadora nas mãos. O acrônimo em sua lapela a identificava como integrante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Ela nos instruiu a parar.
Eu estava acompanhado por Julio, um amigo de Bogotá, e por um guia local que nos havia conduzido em nossa expedição à fonte do maior dos rios colombianos, o Magdalena. Visitar sua fonte era a culminação de uma jornada que passei anos preparando. Mas foi no trecho final da viagem que comecei a ter noção do verdadeiro perigo.
Os três últimos dias haviam sido de medo constante. A viagem a cavalo por uma trilha florestal íngreme e escorregadia já seria assustadora o bastante, mas foi a descoberta, depois de chegarmos às montanhas, de que as Farc estavam na região que tornou a tensão quase insuportável.
Jenny, a guerrilheira que nos deteve, não foi capaz de nos informar o que acontecia. Tentamos puxar conversa com ela. Como no caso da maioria de seus companheiros, Jenny não parecia ter muito mais de 18 anos, mas revelou que era parte das Farc há mais de 13 anos. Ela provavelmente é um dos muitos membros do grupo que foram sequestrados de suas famílias quando crianças.
O subcomandante enfim chegou, pedindo desculpas pela demora e alegando que estava treinando tiro. Depois de uma troca de gentilezas, ele delineou os planos das Farc para a construção de um centro de recepção de visitantes, ampliar e melhorar a trilha que estávamos seguindo e para tornar a região mais atraente para os turistas.
Depois, perguntou se eu sabia um pouco de inglês. Quando admiti conhecer razoavelmente o idioma, pareceu deliciado. "Precisamos de alguém que traduza um pequeno texto para nós. Você poderia ajudar?"
"Claro", respondi, lisonjeado por ter sido confundido com um espanhol e quase feliz por poder ajudar. Era um manual de montagem de uma mira laser. Confessei que "meu inglês técnico não é grande coisa".
"Não se preocupe", o subcomandante me assegurou. "Mostraremos como uma arma funciona e o ajudaremos com os termos técnicos."
Fomos conduzidos a uma choupana com linda vista do vale, e o absurdo da situação em que nos colocáramos começou a substituir o medo. Julio propôs escrever minha tradução, enquanto Jenny me ensinava os termos técnicos corretos para as diversas partes da metralhadora. Logo percebi que não fazia ideia sobre o que o panfleto dizia.
Jenny achou que poderia ajudar se me mostrasse a mira. Impaciente demais para aguardar que eu decifrasse as instruções, ela tentou montar os diversos componentes de modo desajeitado.

Trecho do rio Magdalena, na Colômbia
Trecho do rio Magdalena, na Colômbia

DE PERTO
Por fim começamos a fazer progresso, apesar de visitas de amigas sorridentes de Jenny que queriam conversar conosco. Havia selva na Espanha? Que tipo de comida costumávamos comer?
Elas começaram a me dar uma receita de um doce feito com cana-de-açúcar e pênis de boi quando Marlon, namorado de Jenny, apareceu para dar um ar inquietante seriedade à situação. "Pessoalmente", disse, contemplando a mira, "prefiro matar pessoas de perto, de onde possa ver seus rostos. Mas a beleza dessa engenhoca é que ela permite tiro preciso a 150 m, e no escuro".
Depois disso, tudo que eu conseguia pensar era em deixar a área o mais cedo possível. "A lição de casa está pronta", disse Julio, depois que eu corri a traduzir as duas páginas finais do manual sem conferir o que ditava.
O subcomandante nos agradeceu muito, e pedi desculpas por possíveis erros. Ele disse que esperava nos ver de novo um dia. "Se vocês não se incomodarem em dormir em nossas humildes cabanas de folhas e galhos." Nós o agradecemos pelo tentador convite, e depois retomamos o caminho da montanha.
"Salvamos nossas consciências", Julio sussurrou assim que saímos da vista dos guerrilheiros, explicando que havia alterado ligeiramente minha tradução para tornar o texto, já confuso, completamente inútil.
Por sorte ele havia percebido o que eu desconsiderei por medo, e sua consciência o impediu de ajudar pessoas que causaram tamanho sofrimento e terror na Colômbia -traficantes de drogas, sequestradores de crianças. Pelos dias seguintes, fiquei remoendo essas implicações, até que, quando chegamos a Bogotá, notícias sobre a área do incidente me fizeram ver todo o acontecido sob outra luz.
Fomos informados pelo nosso guia de que o Exército havia ocupado a região e provavelmente matado os guerrilheiros com quem havíamos conversado. Não conseguia tirar da cabeça a imagem de Jenny tentando fazer a mira a laser funcionar e depois morrendo em defesa de uma causa tão confusa que chega a abarcar até mesmo a promoção do turismo.
Os meus sentimentos quanto ao que fiz de certo ou errado por traduzir algo para as Farc foram substituídos por algo diferente: uma imensa sensação de piedade.

Fonte:Folha de São Paulo -  MICHAEL JACOBS
Tradução de PAULO MIGLIACCI



Explosão de mina deixa pelo menos 10 mortos no Afeganistão

29/11/2012 - 07h57

Pelo menos dez pessoas morreram após a explosão de uma mina terrestre nesta quinta-feira no distrito de Dehrawud, no sul do Afeganistão.
Segundo as autoridades locais, a explosão aconteceu por volta das 10h30 locais (4h em Brasília) quando o carro em que estavam os civis mortos, que voltavam de uma peregrinação a Meca, passou por cima da mina em uma estrada da Província de Uruzgan.
Outras oito pessoas ficaram feridas. A ação não foi reivindicada por nenhum grupo terrorista, embora esse tipo de ação seja geralmente feita pelo grupo Taleban, que enfrenta o governo local para tomar o controle do país.
As ações dos insurgentes se intensificaram neste ano, especialmente com atentados a bomba e ataques de militantes infiltrados nas Forças Armadas. O grupo combate as forças locais e as tropas internacionais da Otan que ainda estão instaladas no país.
A previsão é que as tropas ocidentais, lideradas pelos Estados Unidos, saiam do país até 2014, passando o comando das operações para os afegãos. No entanto, há a incerteza de que as forças locais consigam manter a calma na região após a retirada da Otan.

Fonte:  Folha de São Paulo


Felipão será anunciado como novo técnico da seleção nesta quinta

28/11/2012 - 11h48

Dez anos após conquistar o pentacampeonato mundial, o técnico Luiz Felipe Scolari está de volta à seleção brasileira. Segundo a Folha apurou, o treinador será anunciado nesta quinta-feira, às 10h30, na sede da CBF, como substituto de Mano Menezes, demitido na última sexta. 
Scolari venceu a disputa com o técnico do Fluminense, Abel Braga, que era o preferido do presidente da CBF, José Maria Marin. Antes de conversar com Scolari, o dirigente conversou com o atual técnico campeão brasileiro, mas não acertou a contratação.
Felipão já chegou a um acordo com a CBF. A única coisa pendente e que foi resolvida às 14h desta quarta-feira foi a definição do coordenador técnico da seleção principal, que vai substituir o cargo de diretor de seleções, extinto pela CBF após o pedido de demissão de Andres Sanchez: o ex-técnico Carlos Alberto Parreira ganhou a disputa sobre José Carlos Brunoro, diretor executivo do Audax e diretor da CBB (Confederação Brasileira de Basquete) e ex-diretor da Parmalat na época da parceria com o Palmeiras.
Milton Cruz será convidado para fazer parte da comissão técnica. Ele seria o elo entre as categorias de base e a seleção principal
Scolari assume o comando da seleção a sete meses do início da Copa das Confederações, que será realizada entre 15 de junho e 30 de junho no Brasil. A competição é considerada pela Fifa como evento-teste para a Copa do Mundo, que acontecerá entre 12 de junho e 13 de julho de 2014. 
O técnico Luiz Felipe Scolari durante solenidade em Brasília

FELIPÃO
Scolari volta para a seleção brasileira após treinar o Palmeiras campeão da Copa do Brasil e que foi rebaixado para a Série B do Brasileiro. Em sua primeira passagem, o treinador assumiu a equipe brasileira a menos de um ano da Copa do Mundo do Japão/Coreia do Sul.
Em 2001, o técnico foi para a vaga de Emerson Leão, demitido após a Copa das Confederações. Leão tinha substituído Vanderlei Luxemburgo demitido pela eliminação precoce na Olimpíada de Sydney, na Austrália.
O treinador era unanimidade entre os torcedores. Hoje, Scolari é visto com outros olhos. Em setembro, foi demitido do Palmeiras. Em dois anos na equipe alviverde, conquistou apenas a Copa do Brasil.
Depois de comandar a seleção no pentacampeonato mundial, Scolari assumiu a seleção de Portugal e foi vice-campeão da Europa-2004. Dois anos depois, foi quarto colocado na Copa do Mundo-2006.
Ele ainda dirigiu Portugal na Europa-2008, quando foi eliminado pela Alemanha nas quartas de final.
Logo após, deixou o selecionado português para assumir o Chelsea. Porém, ficou menos de um ano no clube inglês e foi demitido por maus resultados e crise com jogadores mais veteranos.
O treinador ainda se aventurou no Bunyodkor do Uzbequistão, onde conquistou o Campeonato Uzbeque de 2009.
Em 2010, Scolari assumiu o Palmeiras, mas não obteve sucesso. O treinador se envolveu em polêmicas com jogadores e conquistou apenas o título da Copa do Brasil.


Fonte: MARTÍN FERNANDEZ  -  MARCEL RIZZO

Fim do Julgamento do Mensalão



 
O STF (Supremo Tribunal Federal) concluiu nesta quarta-feira (28) a definição das penas para os 25 réus condenados no processo do mensalão e 13 deles irão para a prisão, incluindo o ex-ministro José Dirceu. Penas superiores a oito anos devem ser cumpridas em regime fechado.
Entre quatro e oito anos, as penas são cumpridas em regime semiaberto e o condenado volta para dormir na prisão. Quando forem inferiores a quatro anos, podem ser substituídas por penas alternativas, como pagamento de salário mínimo e perda de direito político. A fase para fixação das punições consumiu dez sessões da Corte. Dos 37 réus da ação penal, 12 acabaram absolvidos.
As penas ainda podem ser revistas pelos ministros até o final do julgamento, que deve ocorrer na semana que vem.
 

REGIME FECHADO

José Dirceu

Ex-ministro da Casa Civil no governo Lula, José Dirceu foi condenado a dez anos e dez meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha. Ele terá ainda de pagar multa de R$ 676 mil. Dirceu começará a cumprir a pena em regime fechado, mas poderá pedir a progressão de regime após 1/6 da pena, ou 1 ano e 9 meses. "Os motivos que o conduziram [Dirceu] a praticar o crime de corrupção ativa são extremamente graves. O crime foi praticado porque o governo federal não tinha a maioria na Câmara dos Deputados e o fez por meio da compra dos votos, por meio da compra dos líderes [dos partidos]", afirmou Joaquim Barbosa à época da fixação da pena.
 

Delúbio Soares

O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares foi condenado a oito anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha, além de multa de R$ 300 mil. "[Delúbio era] incumbido de indicar a Marcos Valério quem, quando e quanto deveria ser pago a título de propina, para efeito de corrupção no Legislativo. [Era] Estreitamente ligado a José Dirceu, comandante dessa epopeia", disse o relator.
 

João Paulo Cunha

O deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) foi condenado a nove anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato (desvio de recursos públicos) e lavagem de dinheiro. Com isso, o réu terá de cumprir a pena em regime fechado, já que a condenação foi maior do que oito anos. Ele também terá de pagar multa de R$ 360 mil.
 

Marcos Valério

Acusado de ser o operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério deve ser condenado a 40 anos, um mês e seis dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas. Além do tempo de prisão, ele terá de pagar uma multa de R$ 2,78 milhões. A Suprema Corte ainda precisa proclamar o voto sobre a sua dosimetria (cálculo das penas).
 

Cristiano Paz

O publicitário Cristiano Paz, também ex-sócio de Valério, foi condenado a 25 anos, onze meses e 20 dias de prisão pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa, peculato e lavagem de dinheiro. Além disso, ele terá de pagar uma multa de aproximadamente R$ 2,5 milhões. Para o relator, Joaquim Barbosa, Paz participou de "toda uma parafernália, um mecanismo bem azeitado de desvio de recursos públicos".
 

Simone Vasconcelos

Ex-funcionária de Valério na agência SMP&B, Simone Vasconcelos foi condenada a 12 anos, sete meses e 20 dias pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa e evasão de divisas. Ela também foi condenada a um ano e oito meses por formação de quadrilha, mas a pena prescreveu. Ao todo, a ré também foi multada em R$ 374 mil.
 

Rogério Tolentino

Advogado de Valério e acusado de receber empréstimos fictícios que abasteceram o mensalão, Rogério Tolentino foi condenado a 8 anos e 11 meses de prisão, mais multa de R$ 404 mil, pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e corrupção ativa.
 

Kátia Rabello

Ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabello teve a sua pena fixada em 16 anos e oito meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, gestão fraudulenta e evasão de divisas, além de multa que passa de R$ 1,5 milhão. Na época do mensalão, ela dirigia a instituição que, segundo a decisão do Supremo, colaborou para que o grupo de Marcos Valério fizesse pagamentos a parlamentares e pudesse ocultar a origem ilícita do dinheiro público desviado.
 

José Roberto Salgado 

O ex-vice-presidente do Banco Rural José Roberto Salgado foi condenado a 16 anos e 8 meses de prisão e multa de R$ 926.400 pelos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e gestão fraudulenta.
 

Vinícius Samarane

O terceiro réu do núcleo financeiro condenado no processo do mensalão, Vinícius Samarane, ex-vice-presidente do Banco Rural, foi condenado a 8 anos, 9 meses e 10 dias de reclusão. Ele também deverá pagar multa no valor de R$ 552.000 (os valores ainda deverão sofrer correção monetária).
 

Henrique Pizzolato

O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato recebeu uma pena total de 12 anos e 7 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro e também deverá cumprir ao menos parte da pena na cadeia.
 

Pedro Corrêa

O deputado cassado Pedro Corrêa (PP-PE) foi condenado a 9 anos e 5 meses de prisão e multa de R$ 1,08 milhão no julgamento do mensalão. Ele teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal durante o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.

Foto 1 de 200 - 28.nov.2012 - Imagem da lua cheia na Praça dos Três Poderes, em Brasília, com a estátua da Justiça que fica na frente do prédio do STF (Supremo Tribunal Federal) e a bandeira do Brasil ao fundo. Nesta quarta-feira, os ministros do STF concluíram a definição das penas para os 25 réus condenados no processo do mensalão. Treze deles irão para a prisão, incluindo o ex-ministro José Dirceu (PT) Sergio Lima/Folhapress
 

REGIME SEMIABERTO

 

José Genoino

O ex-presidente do PT José Genoino recebeu pena de seis anos e 11 meses, mais R$ 468 mil pelos crimes de formação de quadrilha e corrupção ativa e poderá cumprir a pena no regime semiaberto, que é aplicado para penas entre quatro e oito anos. Segundo o relator Barbosa, Genoino ?utilizou a estrutura e o poder do partido que presidia para, juntamente com seu tesoureiro Delúbio Soares e o réu Marcos Valério, distribuir recursos em valores extraordinariamente elevados, em espécie, destinados à compra de votos".
 

Roberto Jefferson

O ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB-RJ), delator do esquema do mensalão e atual presidente licenciado do PTB, foi condenado a 7 anos e 14 dias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mais pagamento de multa no valor de R$ 688,8 mil. Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) decidiram levar em conta a contribuição de Jefferson ao revelar detalhes do escândalo e diminuíram sua pena. Com isso, em vez de regime fechado, o ex-deputado cumprirá pena no semiaberto -- pela lei, penas maiores que oito anos são cumpridas em regime fechado. Ele teve seu mandato de deputado federal cassado, em 2005, pela participação no escândalo.
 

Valdemar Costa Neto

O deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) foi condenado a 7 anos e 10 meses de prisão, além de multa de R$ 1,08 milhão. Para o relator, Costa Neto negociou e vendeu apoio de seu partido e ainda o beneficiou na Câmara. "O réu [Costa Neto] profissionalizou o modo de recebimento da propina". O atual deputado federal era presidente do PL (atual PR) e líder da bancada do partido na Câmara do Deputados. Ele foi absolvido por formação de quadrilha, pelo empate nos votos dos ministros. O deputado teria recebido R$ 8,8 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal. 
 

Bispo Rodrigues

Carlos Alberto Rodrigues, conhecido na época do mensalão como Bispo Rodrigues, do PL (atual PR), foi condenado a pena em regime semiaberto foi de 6 anos e 3 meses e multa de R$ 696 mil. Ele foi acusado de receber R$ 150 mil para votar em reformas de interesse do governo federal, em dezembro de 2003, durante o governo Lula.
 

Romeu Queiroz

O ex-deputado federal Romeu Queiroz (PTB-MG) foi condenado a 6 anos e 6 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além de multa no valor de R$ 792 mil. Ele é acusado de ter viabilizado pagamento de R$ 4,5 milhões para o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), delator do mensalão, para que votasse a favor de matérias do interesse do governo Lula. Queiroz teria recebido, em proveito próprio, quantia de R$ 102 mil.
 

Pedro Henry

O deputado Pedro Henry (PP-MT) foi condenado a 7 anos e 2 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por conta da sua participação no esquema do mensalão. Ele também foi condenado a pagar R$ 888 mil em multa. Henry também foi denunciado por formação de quadrilha, mas acabou sendo absolvido deste delito. Segundo entendimento dos magistrados, Henry teria recebido, junto a outros parlamentares, R$ 2,9 milhões para votar a favor de matérias do interesse do governo federal no primeiro mandado de Lula.
 

Breno Fischberg

Ex-sócio da corretora Bônus-Banval, usada por parlamentares do PP para lavar dinheiro do esquema do mensalão, Breno Fischberg foi condenado a 5 anos e 10 meses de reclusão pelo crime de lavagem de dinheiro, além de R$ 528 mil de multa. Ele deve cumprir a pena no regime semiaberto, indo para a cadeia apenas para dormir.
 

Enivaldo Quadrado

O outro ex-sócio da corretora, Enivaldo Quadrado, foi condenado por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro e a sua pena alcançou 5 anos e 9 meses, mais multa de R$ 26.400 e ele também poderá cumpri-la no regime semiaberto.
 

Jacinto Lamas

O ex-tesoureiro do PL (atual PR) Jacinto Lamas foi condenado por lavagem de dinheiro a 5 anos de prisão, mais R$ 240 mil de multa, e por corrupção passiva a 1 ano e 6 meses. No entanto, a pena por corrupção já está prescrita.
 

João Cláudio Genú

Ex-assessor do PP na Câmara, João Cláudio Genú recebeu a pena de 7 anos e 3 meses, mais 200 dias-multa, equivalente a R$ 480 mil, por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Ele também foi condenado por corrupção passiva, mas, como a pena foi de 1 ano e 6 meses, já está prescrita. Genú teria sido beneficiado pelo esquema entre o Banco Rural e a empresa SMP&B, de Valério. Seria ainda o responsável por intermediar pagamentos a deputados do PP. Junto a eles, teria recebido cerca de R$ 4 milhões de propina

PENA RESTRITIVA DE DIREITO

 

José Borba

O ex-deputado José Borba foi condenado a 2 anos e 6 meses de prisão pelo crime de corrupção passiva. Como a pena dá direito ao regime aberto, os ministros decidiram substitui-la por uma pena alternativa. Assim, Borba foi agora condenado ao pagamento de 300 salários mínimos, dinheiro destinado a entidade sem fins lucrativos, e à perda de direitos políticos -- os ministros determinaram a interdição temporária de direito político pelo prazo da pena privativa de liberdade (2 anos e 6 meses) a que foi condenado o réu, bem como a proibição do exercício de cargo ou atividade pública e perda de mandato eletivo. Como Borba atualmente é prefeito de Jandaia do Sul (PR) pelo PP, os ministros ainda devem decidir se ele perderá o mandato imediatamente ou se apenas após o trânsito em julgado da sentença. O mandato de Borba se encerra em dezembro.
 

Emerson Palmieri

Após ter a sua pena por corrupção passiva prescrita, o ex-tesoureiro informal do PTB Emerson Palmieri foi condenado a quatro anos de prisão por lavagem de dinheiro, mais 190 dias-multa. No entanto, como, pela lei, penas de até quatro anos devem ser cumpridas em regime aberto, os magistrados decidiram substituir a pena dele por duas penas restritivas de direito: a proibição de ser nomeado para cargos públicos e o pagamento de 150 salários mínimos para uma instituição sem fins lucrativos.

Fonte: Do UOL, em Brasília

Mauro Beting lê carta em homenagem ao pai



Mauro Beting, no momento que lia carta em homenagem ao pai

Leia abaixo a carta na íntegra:


"Nunca falei com meu pai a respeito depois que o Palmeiras foi rebaixado. Sei que ele soube. Ou imaginou. Só sei que no primeiro domingo depois da queda para a Segunda pela segunda vez, seu Joelmir teve um derrame antes de ver a primeira partida depois do rebaixamento. Ele passou pela tomografia logo pela manhã. Em minutos o médico (corintianíssimo) disse que outro gigante não conseguiria se reerguer mais.
No dia do retorno à segundona dos infernos meu pai começou a ir para o céu. As chances de recuperação de uma doença autoimune já não eram boas. Ficaram quase impossíveis com o que sangrou o cérebro privilegiado. Irrigado e arejado como poucos dos muitos que o conhecem e o reconhecem. Amado e querido pelos não poucos que tiveram o privilégio de conhecê-lo.

Meu pai.

O melhor pai que um jornalista pode ser. O melhor jornalista que um filho pode ter como pai.
Preciso dizer algo mais para o melhor Babbo do mundo que virou o melhor Nonno do Universo?

Preciso. Mas não sei. Normalmente ele sabia tudo. Quando não sabia, inventava com a mesma categoria com que falava sobre o que sabia. Todo pai é assim para o filho. Mas um filho de jornalista que também é jornalista fica ainda mais órfão. Nunca vi meu pai como um super-herói. Apenas como um humano super. Só que jamais imaginei que ele pudesse ficar doente e fraco de carne. Nunca admiti que nós pudéssemos perder quem só nos fez ganhar.

Por isso sempre acreditei no meu pai e no time dele. O nosso.

Ele me ensinou tantas coisas que eu não sei. Uma que ficou é que nem todas as palavras precisam ser ditas. Devem ser apenas pensadas. Quem fala o que pensa não pensa no que fala. Quem sente o que fala nem precisa dizer.

Mas hoje eu preciso agradecer pelos meus 46 anos. Pelos 49 de amor da minha mãe. Pelos 75 dele.

Mais que tudo, pelo carinho das pessoas que o conhecem – logo gostam dele. Especialmente pelas pessoas que não o conhecem – e algumas choraram como se fosse um velho amigo.

Uma coisa aprendi com você, Babbo. Antes de ser um grande jornalista é preciso ser uma grande pessoa. Com ele aprendi que não tenho de trabalhar para ser um grande profissional. Preciso tentar ser uma grande pessoa. Como você fez as duas coisas.

Desculpem, mas não vou chorar. Choro por tudo. Por isso choro sempre pela família, Palmeiras, amores, dores, cores, canções.

Mas não vou chorar por algo mais que tudo que existe no meu mundo que são meus pais. Meus pais (que também deveriam se chamar minhas mães) sempre foram presentes. Um regalo divino. Meu pai nunca me faltou mesmo ausente de tanto que trabalhou. Ele nunca me falta por que teve a mulher maravilhosa que é dona Lucila. Segundo seu Joelmir, a segunda maior coisa da vida dele. Que a primeira sempre foi o amor que ele sentiu por ela desde 1960. Quando se conheceram na rádio 9 de julho. Onde fizeram família. Meu irmão e eu. Filhos do rádio.

Filhos de um jornalista econômico pioneiro e respeitado, de um âncora de TV reconhecido e inovador, de um mestre de comunicação brilhante e trabalhador.

Meu pai.

Eu sempre soube que jamais seria no ofício algo nem perto do que ele foi. Por que raros foram tão bons na área dele. Raríssimos foram tão bons pais como ele. Rarésimos foram tão bons maridos. Rarissíssimos foram tão boas pessoas. E não existe outra palavra inventada para falar quão raro e caro palmeirense ele foi.

(Mas sempre é bom lembrar que palmeirenses não se comparam. Não são mais. Não são menos. São Palmeiras. Basta).

Como ele um dia disse no anúncio da nova arena, em 2007, como esteve escrito no vestiário do Palmeiras no Palestra, de 2008 até a reforma: “Explicar a emoção de ser palmeirense, a um palmeirense, é totalmente desnecessário. E a quem não é palmeirense… É simplesmente impossível!”.

A ausência dele não tem nome. Mas a presença dele ilumina de um modo que eu jamais vou saber descrever. Como jamais saberei escrever o que ele é. Como todo pai de toda pessoa. Mais ainda quando é um pai que sabia em 40 segundos descrever o que era o Brasil. E quase sempre conseguia. Não vou ficar mais 40 frases tentando descrever o que pude sentir por 46 anos.
Explicar quem é Joelmir Beting é desnecessário. Explicar o que é meu pai não estar mais neste mundo é impossível.

Nonno, obrigado por amar a Nonna. Nonna, obrigado por amar o Nonno.

Os filhos desse amor jamais serão órfãos.

Como oficialmente eu soube agora, 1h15 desta quinta-feira, 29 de novembro. 32 anos e uma semana depois da morte de meu Nonno, pai da minha guerreira Lucila.

Joelmir José Beting foi encontrar o Pai da Bola Waldemar Fiume nesta quinta-feira, 0h55."



Fonte: Da Redação  esportes@band.com,br

Jornalista e comentarista Joelmir Beting morre aos 75 anos em São Paulo





Ele tinha mais de 55 anos de carreira e era um multimídia; atuava na TV, rádio, escrevia livros e mantinha um site.

O jornalista Joelmir Betting morreu aos 75 anos / Divulgação/Band
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Atualizado em quinta-feira, 29 de novembro de 2012 - 03h00

Morre o jornalista Joelmir Beting

Ele tinha mais de 55 anos de carreira e era um multimídia; atuava na TV, rádio, escrevia livros e mantinha um site
O jornalista Joelmir Betting morreu aos 75 anos / Divulgação/Band 
Morreu na madrugada desta quinta-feira, dia 29, o comentarista da Band, Joelmir Beting, aos 75 anos. Ele estava internado desde o dia 22 de outubro no hospital Albert Einstein, em São Paulo, e, no domingo, sofreu um acidente vascular encefálico hemorrágico.

Palmeirense de coração, Joelmir atuava como comentarista de economia no Jornal da Band e na Rádio Bandeirantes. Ele também era um dos apresentadores do Canal Livre.

Perfil
Joelmir José Beting nasceu em Tambaú, interior de São Paulo, em 21 de dezembro de 1936, onde permaneceu até 1955. Neste período, chegou a trabalhar como boia-fria, aos sete anos de idade. Em 1957, Joelmir – encorajado pelo Padre Donizetti Tavares de Lima, a quem se referia como “guru espiritual e profissional” – começou a estudar sociologia na USP (Universidade de São Paulo)

“fazer carreira no jornalismo”.
No jornalismo, iniciou na editoria de esportes, ainda durante a faculdade de sociologia, em 1957. Trabalhou na cobertura de futebol nos jornais “O Esporte” e “Diário Popular” e também na rádio Panamericana, que posteriormente virou Jovem Pan.
Economia
Em 1962, sociólogo formado, trocou o jornalismo esportivo pelo econômico. Inicialmente, como redator de estudos de viabilidade econômica para projetos desenvolvidos por uma consultoria de São Paulo.
Quatro anos depois, foi convidado a lançar uma editoria de Automóveis no caderno de classificados da Folha de S.Paulo. Em 1968, Joelmir foi “premiado”, como ele mesmo afirmava, com o cargo de editor de economia da Folha de S.Paulo. Em 7 de janeiro de 1970, lançou sua coluna diária, que foi publicada durante anos por uma centena de jornais brasileiros, com o timbre da Agência Estado.
Em 1991, o profissional iniciou nova fase no jornal “O Estado de S.Paulo”. Em texto publicado por Joelmir em seu site, ele descreveu a coluna como o pau-da-barraca profissional. "Com ela, desbravei o economês, vulgarizei a informação econômica, fui chamado nos meios acadêmicos enciumados de ‘Chacrinha da Economia’, virei patrono e paraninfo de 157 turmas de formandos em Economia, Administração, Engenharia, Agronomia, Direito”.

Multimídia
A coluna foi mantida até 30 de janeiro de 2004. No mesmo ano que ela foi lançada, em 1970, Joelmir também começou a passar informações diárias sobre economia nas rádios Bandeirantes, CBN, Jovem Pan e Gazeta. E também na TV Bandeirantes, Gazeta, Record e Globo, a partir de 1985 até julho de 2003.
Em março de 2004 voltou para a TV Bandeirantes, onde permaneceu até hoje como comentarista econômico nas rádios BandNews FM e Rádio Bandeirantes, e também do Jornal da Band, na TV. Também era um dos âncoras do programa de entrevistas Canal Livre.
Joelmir foi um jornalista multimídia. Escreveu os livros "Na Prática a Teoria é Outra" (1973) e "Os Juros Subversivos" (1985) e dezenas de ensaios para revistas semanais. Além disso, o jornalista foi conferencista no Brasil e no exterior. Realizava palestras em empresas, convenções, simpósios, congressos e seminários. Era onde se reencontrava, como ele dizia, com a profissão que pretendia seguir nos tempos da USP: o magistério.
Em seu site, ele se descrevia como uma pessoa que trabalhava e estudava 15 horas por dia, assim como na infância. Joelmir era casado com Lucila, desde 1963, e pai de dois filhos: Gianfranco, publicitário e webmaster, e Mauro, comentarista esportivo de jornal e televisão.


Fonte:  Da Redação noticias@band.com.br